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Compartilhar, impactar e realizar

nov
2013

Imagine uma plataforma em que vários projetos ganham visibilidade. Imagine uma conversa entre o terceiro setor, a academia e a iniciativa privada. O PROJETO AR, lançado em setembro, pretende promover esse encontro. A primeira empreitada será a Feira de Conexões, evento marcado para o mês de novembro com o objetivo de reunir no mesmo espaço as boas iniciativas que se espalham pelas favelas do Rio de Janeiro.

O plano parece audacioso. E é, dizem Fernando Tche Gouvea, fundador da Outra Coisa, produtora de tecnologia e projetos de impacto positivo na sociedade, e a publicitária Rossana Giesteira, da Wedo. Com a chancela do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (IETS), o AR nasceu com a proposta de ser participativo desde a criação de conteúdo.

“Sempre quis poder contribuir , de alguma forma, para que o Rio fosse um lugar melhor para se viver. Acredito no poder das conexões”, Rossana explica o desejo pessoal e a motivação para o projeto: promover encontros que possibilitem o intercâmbio de ideias, experiências e ferramentas de fácil reaplicação. O AR pretende fomentar redes entre o que merece ser compartilhado. “Nós queremos ativar o mercado. Queremos a iniciativa privada, a academia e o terceiro setor integrados em busca de soluções para a cidade e para quem vive nela, pensando em soluções transformadoras da realidade”, justifica Fernando.

A Feira das Conexões, cuja primeira edição será no dia 23 de novembro, é um evento que proporcionará o encontro entre projetos desenvolvidos em favelas e na periferia seja pelo terceiro setor ou pela iniciativa privada. A dinâmica envolverá ainda falas e arte em ações simultâneas, como a exposição de 22 projetos, o workshop “Ensinando a fazer” e a Rodada de Visibilidade, uma espécie de picthing de projetos nascidos nas favelas para potenciais investidores. No estilo TED, haverá 15 palestras que serão divulgadas também pela internet. Com o Solar Meninos de Luz, no Cantagalo-Pavão Pavãozinho, como palco, o eventocontará com apresentações artísticas e tour cultural. O objetivo é promover o intercâmbio e mostrar como a tecnologia, a inovação e o conhecimento podem criar novas oportunidades principalmente para os jovens dessas regiões.

A missão do projeto que já reúne em seu conselho curador mais de 50 pessoas de instituições renomadas e diversas é dar poder ao carioca.  Para isso, foram estabelecidas como tema tema da primeira edição quatro grandes áreas: “Tecnologia e inovação”,  “Cultura e Turismo”, “Transformando criatividade em negócio” e “Jeitos de Aprender”. Todas de interesse e convergência dos jovens.

O AR não é rarefeito, os idealizadores apostam. Tanto que, a reboque do primeiro evento, virá uma plataforma digital que dará mais visibilidade e alcance às iniciativas. O Prêmio Projeto AR, um reconhecimento às boas ideias que circulam nas favelas, será concedido em 2014. “O terceiro setor poderia ser maior. E muitas marcas já entenderam que não basta ser bonita, elas têm de ter coerência”, Fernando defende que o que falta é que todos se conheçam e saibam das necessidades uns dos outros. O Ar pretende ser essa ponte e canal de articulação, uma plataforma permanente de integração da cidade.