Cais do Valongo e memória
História e memória emanam do Cais do Valongo e são fundamentais para a preservação da cultura negra e das narrativas histórico-culturais afrocentradas.
Essa importante região carioca recebeu o maior desembarque de africanos escravizados do mundo, além de ter sido palco de importantes movimentos de afirmação e desenvolvimento da cultura negra. Com a urbanização da cidade, ocorreu uma tentativa de apagar aspectos históricos, sociais, culturais, artísticos e religiosos ligados à população negra neste espaço. Porém, sempre houve muita resistência.
Atualmente, há instituições, como o nosso parceiro MUHCAB, que visam resgatar e representar essas memórias invisibilizadas, sobretudo contadas por seus próprios protagonistas. O MUHCAB, por exemplo, busca recuperar a história e o legado da escravidão negra, promovendo perspectivas plurais quanto à história do Brasil. Há, também, projetos que valorizam a importância do patrimônio histórico e cultural na Região da Pequena África, como o Territórios Negros.
Em contraposição a uma amnésia urbana implementada, a arte e a cultura se apresentam como excelentes guardiãs da memória.